"Um homem que não sabe pelo que está disposto a morrer, não está preparado para viver”
Um pensamento que caberia naturalmente na boca de um militar a frente de
sua tropa em plena batalha. De fato foi quase isso que aconteceu.
O general era Martin Luter King, sua tropa eram dezenas de milhares que
pessoas que o acompanhavam e seguiam, a batalha a luta pelos direitos civis nos
Estados Unidos da América. Recentemente durante uma aula numa pós-graduação um
aluno me perguntou por que evidenciar algo tão radical. Estamos aqui falando de
algo que tenho observado infelizmente quase todos os dias na sociedade atual. O
somatório de escândalos nas mais diversas áreas governamentais e corporativas
levanta grande dúvidas sobre a credibilidade das pessoas que estão em cargos de
liderança, pois eu jamais usaria a palavra “líder” para definir pessoas cujo
único objetivo é o poder pelo prazer e benefícios do poder. Às vezes sinto-me
sem argumentos para falar a um grupo de jovens na graduação e pós-graduação,
que tem como referencia de liderança, reality Shows, articulações políticas e
empresariais que visam apenas preservar cargos, funções ou negócios duvidosos.
A palavra líder não pode de forma alguma ser aplicada para tais figuras pois um
dos pressupostos básicos da liderança relaciona-se a estar disposto a servir,
contribuir e estimular pessoas a se superarem elevando assim o seu padrão
comportamental.
Vivemos numa era com todas as facilidades da comunicação. Diariamente um
turbilhão de informação invade nossa vida, com verdades temporárias e mentiras
bombásticas. Pergunto-me que tipo de geração estamos construindo. A falta de
lideranças que inspirem valores respeitáveis e éticos é evidente, pois ao invés
de assumir a responsabilidade dos fatos e iniciar uma apuração seria do que
realmente aconteceu, observamos a inversão conceitual, numa jogada quase
publicitária transferindo a responsabilidade para a imprensa. Noticiar os fatos
transformou-se em alardear o inexistente. Ficção e realidade se confundem num
jogo perigoso e cruel, tendo na sociedade um peão descartável que pode ser
sacrificado a qualquer momento em prol de uma boa jogada.
Treino lideranças na área publica e privada, em universidades e
corporações, há muitos anos e vejo todos os dias com preocupação a carência do
setor. Muitos dos líderes que inspiraram tantas pessoas no passado recente, não
sobreviveram em sua maioria a lente minuciosa que observava suas ações.
Temos a obrigação moral e ética de continuar a cobrar, questionar,
lutar, e também a acreditar em pessoas, idéias e projetos sérios e até mesmo
naqueles aparentemente utópicos. “ A Utopia não será atingida, mas buscá-la
aprimora o mundo em que vivemos”. Com esse pensamento convido a todos a
praticar o que chamo de liderança comportamental – a auto liderança. Assumir a
responsabilidade pela parte que cabe a cada um de nós, senhores de nossas
crenças, convicções e sentimentos. Que a responsabilidade, coragem e a ética
possam ser alguns dos valores dominantes e fundamentais na criação de nossos
novos líderes. (Dr Jô Furlan
em:www.palestramotivacional.com.br)
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